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Unknown | 6.6.11 | 0 comentários

SAÚDE: O cigarro e o aparelho respiratório
O ser humano não liga para as piores desgraças que lhe possam acontecer, desde que ocorram num futuro distante.
Nicotina é uma das drogas que provocam maior dependência física e o cigarro não passa de um dispositivo atraente para facilitar seu consumo.

Tudo ocorre de forma muito simples: a pessoa põe o cigarro na boca e aspira a fumaça que alcança os pulmões.

Dos pulmões, a nicotina passa rapidamente para a circulação, espalha-se pelo corpo inteiro e atinge o cérebro onde exerce sua ação aditiva.

Na verdade, ela chega mais depressa ao cérebro quando aspirada do que quando injetada na veia.

Não tenho a menor dúvida de que todo fumante gostaria de deixar de fumar. Mesmo aqueles que afirmam - “Não, não estou interessado” - falam assim porque não conseguem abandonar o cigarro e não porque não o queiram.

A crise de abstinência de nicotina manifesta-se em minutos e é pior do que a de outros alcalóides, como os que existem na maconha, na cocaína e na heroína. Esses ainda permitem ao usuário ficar muitas horas longe deles.

A nicotina não dá descanso. A pessoa passa duas horas no cinema. Quando as luzes se acendem, está tão desesperada para fumar que desconsidera os avisos e acende o cigarro ainda na sala de exibição.

O fumante sabe que cigarro dá câncer, infarto, derrame cerebral, mas não se abala com isso. O ser humano não liga para as piores desgraças que lhe possam acontecer, desde que ocorram num futuro distante.

A espécie foi selecionada assim. De que adiantava ficar planejando a vida para os vinte anos seguintes, se o homem primitivo não sabia se, no fim do dia, estaria vivo para voltar à caverna trazendo a caça que fora buscar para alimentar a família?
Ação da nicotina no aparelho respiratório
Drauzio - Em geral, a dependência da nicotina começa na adolescência. O que acontece com o pulmão do adolescente quando começa a fumar?

Daniel Deheinzelin – Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada pela temperatura elevada da fumaça que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea.

Prova disso é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente vai aumentando o número de cigarros fumados num dia.

A combustão resultante dessa agressão térmica gera partículas de oxigênio, os chamados radicais livres, que têm a capacidade de oxidar as estruturas celulares, destruindo a base arquitetônica dos pulmões.

Dizer que o cigarro faz mal para o pulmão, é apenas parte da verdade. O cigarro lesa as vias respiratórias inteirinhas.

O revestimento interno do aparelho respiratório não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e começa a sofrer um processo de substituição de células. Além disso, a produção de muco aumenta muito.

Por quê? Porque o muco funciona como capa protetora do tecido epitelial que reveste as vias aéreas e pode ajudar a expelir os elementos irritantes que foram inalados. Nos brônquios, a fumaça também provoca uma reação inflamatória que provoca destruição progressiva da árvore brônquica.

Portanto, já no dia em que o adolescente começa a fumar, e não tardiamente como muitos pensam, a integridade do aparelho respiratório fica comprometida por duas razões:

a) destruição dos alvéolos, o que caracteriza uma doença chamada enfisema pulmonar;

b) mudança da composição do revestimento dos brônquios, o que acaba levando à doença conhecida como bronquite.
Aparecimento dos sintomas
Drauzio - Quando esse processo inflamatório passa a ter manifestação clínica?

Daniel Deheinzelin - O problema é que as manifestações clínicas custam a aparecer. O pulmão tem uma reserva funcional muito grande. A pessoa vai perdendo área de troca gasosa, mas consegue manter a atividade física.

Nessa fase, é comum ouvi-la dizer: “Eu fumo, mas não tenho nenhum problema. Faço tudo o que sempre fiz. Consigo nadar, jogar bola, correr”. Não se pode esquecer de que ela pensa estar realizando tudo normalmente porque não tem idéia de como seria seu fôlego se não fumasse nem de como estará seu pulmão dez anos mais tarde?

Estudos que tiveram como referência gêmeos univitelinos (gêmeos idênticos) demonstraram que a função pulmonar do fumante apresenta sempre alterações importantes não encontradas no irmão que não fuma.

Comprometimento da função pulmonar
Drauzio – Se compararmos garotas adolescentes com 16 anos, uma fumante há um ano, com outra não-fumante, as provas de função pulmonar das duas já denotam alguma diferença?

Daniel Deheinzelin - Isso depende do método empregado. Nessa faixa de idade, analisando um momento isolado do contexto, não se consegue detectar a diferença.

No entanto, se compararmos exames realizados em várias épocas distintas, é possível facilmente identificar a que fuma, porque nela a perda da função pulmonar é maior.

Seus pulmões envelhecem mais depressa do que os pulmões da não-fumante.

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