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Festival Promessas dá início à guerra de opiniões entre pastores

Unknown | 31.12.11 | 0 comentários


A exibição do Festival Promessas na Rede Globo, cuja popularidade atingiu os 13 pontos no Ibope, está gerando controvérsias entre líderes religiosos que manifestam sua opinião em blogs e nas redes sociais.
O pastor da Assembléia de Deus Ciro Sanches Zibordi criticou a apresentação dos shows gospel, dizendo que a prioridade deveria ser a abertura de oportunidades para pregação do Evangelho, e não a transmissão de shows gospel.
“Abriu-se, de fato, uma porta global para a pregação do Evangelho, como muitos ufanistas têm dito nas redes sociais? Ou a porta foi aberta principalmente para beneficiar as celebridades gospel - que já venderam milhões de discos - e, consequentemente, a maior emissora de TV do Brasil?”, diz Zibordi em seu blog.
Segundo ele, a mídia estaria dando todo apoio ao evento televisionado, o que seria um indício de que ele teria características mais ecumênicas e que não confrontaria o pecado. “O evangelho-show não confronta o pecado. Ele é maleável, suave, agradável, massageia egos e está aberto ao ecumenismo...”, diz o líder religioso.
O escritor Maurício Zágari, que trabalhou na TV Globo, criticou duramente a exibição do espetáculo: “dinheiro é a única motivação da Globo para esse evento, bem como dos pastores que durante toda a vida malharam a Globo e no entanto vergonhosamente fizeram anúncio de seus produtos nos intervalos”. Ele aponta que o mercado gospel movimenta R$ 2 bilhões anualmente e que a pirataria é menor no mercado de musicas evangélicas, o que por si só já é um atrativo para gravadoras seculares, como a Som Livre.
Segundo Zágari, um dos versículos mais usados pelos defensores do evento foi Filipenses 1.18: “Todavia. que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei“.
O professor de Bíblia e Hermenêutica Reverendo Augustus Nicodemus Lopes comentou o texto em seu Twitter. “Paulo se referia aos judeus incrédulos que o estavam acusando nos tribunais romanos, quando ele estava preso em Filipos. Ao acusar Paulo, eles tinham de dizer que Paulo estava pregando que Cristo morreu, ressuscitou e que era o Senhor acima de César.
Eles falavam isto para condenar Paulo, mas involuntariamente estavam pregando o Evangelho. é nisto que Paulo se alegrava. Portanto, não creio que se possa usar este texto para defender que os crentes podem usar qualquer meio para pregar o Evangelho".
Muitos outros comentários puderam ser vistos no Twitter, o que dá indícios de que a controvérsia sobre a inserção de elementos do mundo gospel pela maior emissora do Brasil está apenas começando.
 
 
Via Christian Post

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