Saúde: Cientistas mapeiam genoma para a forma mais letal de câncer de mama
De acordo com estatísticas oficiais, esse tipo de câncer é responsável
por 16% de todos os diagnósticos da doença e por 25% das mortes
ocasionadas pelo câncer de mama.
Pesquisadores do Instituto
de Pesquisa para o Câncer, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido,
em conjunto com oncologistas da Universidade de Columbia Britânica, em
Vancouver, no Canadá, decodificaram a composição genética do câncer de
mama triplo negativo, um dos tipos mais letais.
Publicado no periódico
especializado “Nature”, o estudo revela que essa forma de câncer não é
uma entidade única e diferente, mas um tumor extremamente complexo e
evoluído, com uma série de mutações sem precedentes.
“Operando com a
complexidade de um verdadeiro mini ecossistema, a evolução do câncer de
mama triplo negativo, antes do diagnóstico, pode explicar sua habilidade
de contornar algumas terapias convencionais”, explica o oncologista
Carlos Caldas, responsável pelo estudo em Cambridge. “Isso o faz gozar
da distinção de ser a forma mais mortal de câncer de mama”.
De acordo com estatísticas
oficiais, esse tipo de câncer é responsável por 16% de todos os
diagnósticos da doença e por 25% das mortes ocasionadas pelo câncer de
mama.
Essa forma da doença é
caracterizada, segundo especialistas, pela falta de três proteínas, se
comparada com os outros cânceres. A saber: receptor de estrógeno,
receptor de progesterona e receptor de ERBB2.
E, como em cada paciente a
mutação é completamente diferente, o resultado obtido pelo grupo
internacional de pesquisadores leva cientistas a pensar em um futuro
onde os tumores individuais de cada um seriam sequenciados para o
desenvolvimento de terapias específicas, individuais e personalizadas.
[Cambridge]
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