Noticia: Justiça condena a Igreja mundial a indenizar funcionário que era chamado de “jegue” por bispo
A atitude de um bispo da Igreja Mundial do Poder de Deus de zombar de
um funcionário levou a Justiça a condenar a denominação liderada pelo
apóstolo Valdemiro Santiago a indenizar o reclamante em R$ 15 mil.
O processo foi movido por um funcionário que foi contratado como
editor de vídeo, e diversas vezes era posto para trabalhar em outras
funções, e em certa ocasião, chegou a trabalhar por três dias na cozinha
do templo.
Testemunhas ouvidas pela 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) de Minas Gerais confirmaram que o funcionário havia sido chamado
de “burrinho, macaquinho e jegue” pelo bispo responsável, além de atuar
em áreas diferentes da que havia sido contratado.
O desembargador Anemar Pereira Amaral foi o relator do processo e
afirmou que o assédio moral foi plenamente caracterizado, e apesar das
alegações da ré, Igreja Mundial, de que os termos eram ditos em tom de
brincadeira, o entendimento do magistrado foi de que as atitudes do
bispo não eram condizentes com um ambiente de trabalho, que deve ser
pautado por respeito e dignidade.
“A figura do assédio moral se caracteriza pela conduta abusiva do
empregador ao exercer o seu poder diretivo ou disciplinar, atentando
contra a dignidade ou integridade física ou psíquica de um empregado,
ameaçando o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho, expondo o
trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras. Existindo prova
de tais fatos nos autos, é devida a respectiva indenização reparadora”,
definiu o relator.
Na súmula do processo, o desembargador Amaral ainda frisou que o dano
neste caso era presumido, sendo assim, a vítima não necessitaria provar
os prejuízos, mas apenas a prática do assédio.
“A expressão ‘dano moral’ não mais se restringe à sua concepção
original ligada ao aspecto subjetivo, à ideia de dor, sofrimento,
angústia, bastando o aspecto objetivo da lesão, identificado na violação
da órbita jurídica do lesado como projeção de sua dignidade”, elucidou o
magistrado
Gospel + com informação do blog
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