Noticia: Casal de ciganos se converte ao Evangelho, abandona superstições e tenta fixar raízes
O povo cigano é conhecido pelos costumes nômades, habitações em
tendas, crenças religiosas cheias de superstições e gosto por acessórios
de ouro e outros metais.
Em muitos casos, as pessoas que nascem dentro
dessa tradição são tratadas com discriminação pelo restante da
sociedade.
Um casal de tradição cigana e que se converteu ao Evangelho, foi tema
de uma reportagem da coluna Lado B, do portal Campo Grande News. “Antes
a gente olhava a sorte, mas Deus chamou e numa graça, eu abandonei pela
Bíblia”, diz Fábio, cigano que vive com a família numa tenda na capital
do Mato Grosso do Sul.
O testemunho de conversão do patriarca da família envolve um relato
de desespero da alma: “Eu dobrei meu joelho e pedi para Deus me libertar
da idolatria, que eu queria misericórdia da minha alma depois da morte.
Entrei na igreja e pedi um sinal pra Deus me chamar e ele me chamou
pelas águas do santo batismo. Com a minha esposa, Deus chamou por um
hino em sonho ‘Avantes do senhor, sem temer’ e ela nunca mais leu a mão
de ninguém”, diz, revelando parte da história de sua esposa, Paola.
Apesar de terem abandonado parte das tradições ciganas, algumas
coisas não podem ser mudadas, como a origem: “Somos uma família romani,
nossos avós eram da Romênia, mas nós somos brasileiros, eles foram
falecendo e ficou a geração de hoje”, diz Fábio, que apesar do respeito
às raízes, não nutre nada além disso pelo passado: “Como vai ser cigana
se não lê a mão? Não é cigano. Nós, na verdade, somos evangélicos. Antes
éramos ciganos, hoje somos um servo de Deus”.
O relato do casal é permeado de afirmações sobre a mudança de vida, e
embora ainda vivam numa tenda, querem uma casa para se estabelecerem
com os filhos, de três e seis anos de idade. “Nossa vida é muito
sofrida, nós viajamos muito. Onde chega, arma barraca e as pessoas não
deixam a gente ficar. Eles não sabem que dentro da gente tem um coração
que ama também. Já chegamos em lugar que meus filhos estavam com sede e
não deixaram eu pegar água”, desabafa.
“Eu vou ter a minha casa, mas vou passar uns dois ou três dias fora,
vendendo”, diz, lembrando da profissão destinada aos homens criados na
cultura cigana. “Ciganos, siga por anos, eles andam sem parar. Um cigano
tem aquilo na veia. De vender, viajar e não aguentar ficar parado num
lugar. Eu tenho orgulho e gosto muito das tradições”, pondera. Gospel + com informação do blog
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