Reflexão: Os Falsos Mestres e sua doutrina
BLOG MROBERTO. O cristão não deve jamais perder de vista as diretrizes da
Palavra de Deus em todos os sentidos, porque elas, por serem divinas, são
completas, finais e imutáveis.
Desde a antiguidade o povo de Deus vem sendo perturbado por
falsos profetas. São homens astuciosos que dizem ser autênticos porta – vozes
de Deus. Todavia, sua mensagem prova que são impostores procurando desarraigar
e desviar o santo rebanho para longe da verdade e do Sumo Pastor, suscitando
dúvidas e desordens de todo tipo.
Deus não se deixa escarnecer. Esses obreiros da iniquidade
receberão no juízo do Todo Poderoso o galardão da injustiça, e perecerão na sua
própria corrupção.
Vejamos algumas características
dos Falsos Mestres
Assim como no Antigo Testamento surgiram diversos falsos
profetas que desviavam o povo de Deus, muitos se infiltraram na igreja no
inicio da era cristã, conturbando-a e causando grande estrago. Hoje a situação
não é diferente. Há falsos obreiros espalhados por todos os lugares.
Precisamos estar alertas para não sermos enganados por
ensinos errôneos. No intuito de advertir-nos, a Palavra de Deus nos apresenta
várias características que facilitam a identificação dos falsos profetas ou
falsos mestres.
1-
Interesse na popularidade; Os falsos profetas descritos no
Antigo Testamento estavam mais interessados em serem pessoalmente populares.
Não era de o seu interesse dizerem a verdade. Eles falavam para agradar o povo,
anunciavam que tinham visão de paz quando Deus dizia que não haveria paz (Ez
6.14; 13.16). Nos tempos do rei Acabe, Zedequias (o falso profeta) afirmou que
Israel venceria os Sírios. Micaías, o profeta de Deus, predice o desastre se
Acabe fosse a guerra. Como Zedequias era popular e sua mensagem agradável,
Acabe não se intimidou, saiu a guerra contra os sírios e pereceu tragicamente
(1Re 22). Algo parecido aconteceu nos tempos de Jeremias (Jr 28). Uma das
características dos falsos mestres é dizer aos homens o que lhes agrada, e
nunca mostrar-lhes a verdade de Deus de que precisam. Sua meta é a
popularidade, e seu critério, o aplauso.
2-
Busca de benefícios pessoais; “Seus sacerdotes ensinam por
interesses e os seus profetas adivinham por dinheiro” (Mq 3.11). Ensinam “o que
não convém, por torpe ganância” (Tt 1.11). Divulga a piedade como causa de
ganho, fazendo do Cristianismo uma atividade comercial (1Tm 6.5). Os falsos
mestres procuravam tirar proveito de suas atividades religiosas. Apanhavam os
incautos com seu “evangelho corrupto”, e do fruto disso eles tornavam em uma
fonte para ganhar dinheiro ilicitamente. Epístolas como Colossenses, 1 e 2
Timóteo, Tito, 2 Pedro, Judas e as três epístolas de João foram escritas contra
estes falsos ensinadores (Sl 14.4).
3-
Tinham vida dissoluta; Em 2 Pedro 2.2, o termo
“dissoluções” equivale a práticas libertinas. Isso indica que os falsos mestres
entregavam-se às depravações sexuais e outras práticas e hábitos abomináveis.
Por causa da imoralidade deles e de seus muitos seguidores, o cristianismo
estava sendo difamado. O mesmo acontece hoje, quando vemos na televisão e nos
jornais, falsos obreiros sendo acusados de imoralidades. O não crente, ao
tomarem conhecimento disso, acaba generalizando e por causa do procedimento
imoral de alguns todos são difamados. A Bíblia relata que em diversas
circunstâncias o nome de Deus foi blasfemado por causa da vida e conduta
indigna de muitos dentre o seu povo (Rm 2.24). Pedro já havia abordado esse
assunto em sua primeira epístola (1Pe 3.16; 4.14,15;Tg 2.7; Tt 2.15).
4-
Atrevidos, arrogantes e blasfemos; Os falsos mestres não tinham o menor
respeito por ninguém, blasfemavam das coisas celestiais e não respeitavam as
autoridades eclesiásticas. Eram presunçosos e não hesitavam em desafiar os
homens ou até mesmo Deus. Andava arrogantemente pelos seus próprios caminhos,
não importando qual fosse o resultado dos seus atos pecaminosos. É possível que
você já tenha se deparado com pessoas com essas características. Fuja
imediatamente delas!
Sua mensagem, sua
doutrina.
1-
Mensagem fingida: Os falsos mestres nunca entravam
numa comunidade dizendo aberta e claramente quem eram e em quem criam.
Mostravam-se astutos, procurando firmar o pé antes de dizerem sua posição. O
termo original usado no versículo 1 de 2 Pedro capítulo 2, corresponde a “agir”
secretamente com malícia. Isso implica que não agiam publicamente, mas
ensinavam em cultos particulares, clandestinos, inclusive nos lares. Paulo
também advertiu-nos a respeito daqueles que entram nas casas dos crentes para
ensinarem outras doutrinas e desviarem famílias inteiras da verdade (2Tm 3.6).
É assim que age o espião e o traidor, com os propósitos de prejudicar e
destruir, ocultando a sua verdadeira intensão. Aqueles eram mestres que, por um
espirito de ganância, comercializavam o evangelho, transmitiam ensinamentos
atraentes, mas errôneos, em troca do dinheiro de suas vítimas, a fim de
promover ainda mais seus ministérios e sustentarem seu luxuoso padrão de vida.
Eles não se apresentavam como adversários do cristianismo, pelo contrário,
aparecem como os mais refinados frutos da igreja cristã. De forma insidiosa,
inconsciente e imperceptível, as pessoas vão sendo seduzidas e afastadas da
verdade de Deus. Oremos insistentemente ao Senhor pedindo-lhe que nos guarde
desses mensageiros perversos.
2-
Negavam o Senhor que o resgatou: Não viam valor algum na morte de
Cristo como expiação definitiva pelo pecado da humanidade. Muitos deles
afirmavam que a natureza humana de Cristo era ilusória, sua vida como homem era
apenas uma ficção, e os sofrimentos de Cristo não forma reais, invalidando
assim o valor da expiação por Ele efetuada.
Refutando as mensagens
dos falsos mestres com:
1-
A expiação de Cristo: Os falsos mestres negavam a doutrina
da expiação de Cristo com algo que tem valor para o retorno do homem a Deus.
Para eles, Cristo não era um salvador todo suficiente, mas era apenas um dos
que contribuiriam para a humanidade. Não viam qualquer valor em sua morte como
expiação definitiva pelo pecado. Sua mensagem contrasta com a do Novo
Testamento, que apresenta Cristo como o Salvador de todos os homens (Cl 1.20; 1
Tm 2.5).
2-
A santificação: O evangelho nos ensina que a
santidade é imprescindível para a salvação (2 Ts 2.13; 1 Ts 4.3). Na vida do
crente a santificação deve ser uma realidade diária. Não pode haver salvação
sem esta santidade (Hb 12.14).
O fim dos falsos
mestres
A destruição deles não dorme, o julgamento dos falsos mestres
tem um desígnio e um propósito inevitável, por causa de sua natureza hipócrita.
A demora aparente não é prova que o juízo foi esquecido. Há uma lei espiritual
eterna da colheita, segundo a semeadura, que se aplica a todos os homens (Gl
6.7,8). O pecado não perdoado se acumula, até que, como cálice, transborde,
trazendo um severo e final julgamento divino (Rm 2.5; Ap 18.5,6; Is 51.17,22).
Vemos também que a misericórdia de Deus em meio ao juízo como
foi nos dias de Noé, e o que aconteceu com sua família, também haverá
livramento para os que permanecerem fiéis a Deus.
Cuidado! Para finalizar, afirmo que os falsos
profetas estão em toda a parte procurando desviar os crentes da verdade, embora
declarem serem líderes espirituais, sua rela preocupação são com as coisas
matérias e não você. Seu único desejo é satisfazer os desejos e anseios da
carne. Devemos saber identifica-los e refutar seus nefastos ensinos. Para isto
precisamos estar em perfeita comunhão com Deus, caso contrário, seremos
enganados e confundidos com seus erros.
Marcio
Roberto
Category: Reflexões
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