A VIDEIRA E OS FRUTOS
“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele,
esse dá muito fruto; pois sem mim, vocês não podem fazer coisas alguma.
Se
alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais
ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se vocês permanecerem em
mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes
será concedido. Meu Pai e glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e
assim serão meus discípulos”
Cristo se apresenta, nestas suas últimas instruções
ao discípulos antes de seu sofrimento e morte, como a grande árvore em que os
verdadeiros cristãos devem estar ligados. Ele é o tronco, do qual emana toda a
seiva que mantém a arvore viva. O tronco jamais secará, mas os ramos podem
secar, não secarão se estiverem ligados a videira. Se separados, todavia,
secarão. Quem está ligado à videira, entretanto, manter-se-á vivo e mais: dará
muitos frutos. Que frutos? Frutos próprios da árvore a que está ligado. Assim,
os frutos do verdadeiro crente são aqueles mesmos que Jesus produziu durante
sua estada na terra, na condição de humano, como nós. Por isso o Mestre diz que
sem ele nada podemos fazer. Porque o que fizermos não representará, efetivamente,
nada diante do Pai.Nossas obras, feitas
nessa condição, não estarão impregnadas do caráter de Jesus Cristo.
Uma questão que causa polêmica é o destino eterno de
almas que passaram sua vida fazendo obras de caridade, porém não foram pessoas
cristãs. O mundo costuma dizer, quando morre alguém que possui tal perfil: foi
para junto de Deus. À luz destas palavras de Cristo, infelizmente, a idéia
geral não é verdadeira. Por mais bondosa que seja a pessoa, por mais boas obras
que tenha passado a vida a fazer, se não as fez estando em Cristo, seu destino
não será a salvação eterna. Em Marcos 13, 3l, O Senhor Jesus é taxativo a
respeito do valor de suas afirmações “Passará
o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” Não há como, então, vincularmos a eterna
convivência com Deus, apenas à pratica de boas obras. As obras pela fé, estas
sim são agradáveis a Deus.
Se não estou em Cristo nada posso fazer. Nada que
tenha valor real perante o Pai. Houve, na antiga aliança, correspondente a Lei
e os Profetas, o Antigo Testamento, um conjunto de normas para o povo Judeu. A
qualquer homem, porém, era impossível cumprir integralmente a Lei. Cristo veio
cumpri-la em sua plenitude. Agora podemos agradar a Deus. Não pelo cumprimento
da Lei, mas pela aceitação de Jesus Cristo como Salvador. Por isso ele veio na
condição humana e, nessa condição passou a vida neste mundo sem ser por ele
contaminado. Essa era a condição inicial que Deus impusera ao homem. A
obediência total e irrestrita. Não cumprida tal condição caiu a raça humana.
Mas Jesus Cristo, emanado do Trono, veio restabelecer a ligação como Deus.
Agora podemos cumprir as exigências para nossa salvação. Porque um homem como
nós cumpriu o princípio legal da obediência. Ninguém pode alegar ser impossível
agradar a Deus.
Cristo conclui o assunto, ensinado como
verdadeiramente podemos dar glórias a Deus. Ah, é tão fácil glorificar a Deus
com nossa boca: basta apenas abri-la! No entanto, somente o honraremos se
dermos frutos em Jesus Cristo. Este é o verdadeiro louvor! Que sejamos
autênticos discípulos e imitemos o mestre em nossas obras.
Category: Reflexões
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