ESTUDO BÍBLICO :O Pastor como conselheiro_A igreja como uma comunidade terapêutica.
Jesus falou com certa frequência a indivíduos sobre suas mais variadas necessidades pessoais... Após sua ascenção, sua igreja continuou seu ministério de evangelismo, ensino, serviço e aconselhamento. Essas responsabilidades não eram vistas como exclusivas dos lideres eclesiásticos, mas por crentes comuns que trabalhavam e cuidavam uns dos outros e dos incrédulos.
Ao lermos o livro de Atos e as Epístolas, percebemos que a igreja não era apenas uma comunidade de evangelisação, ensino e discipulado mas também uma comunidade terapêutica (Terapêuta:estuda e põe em prática os meios adequados para curar os doentes) Assim, os doentes espirituais e emocionais eram tratados e integrados ao corpo da igreja. Hoje, vivemos numa outra dimenção onde o aconselhamento é principal tarefa do ministro. O problema que o ministro enfrenta hoje, não é se deve ou não aconselhar, mas sim de como deverá aconselhar de modo eficiente.Jesus ensinou que fora enviado para “proclamar a libertação aos cativos, dar vista aos cegos, por em liberdade os oprimidos” (Lc. 4:18), esta, portanto é a obra do minsitro, fazer menos que isto é reduzir o nobre chamamento de Deus a um mero profissionalismo.
Fatos importantes que o ministro como conselheiro deve conhecer.
Alvos do Aconselhamento.
Jesus veio para dar uma vida abundante, no entanto, muitos crentes que certamente irão morar no céu, não desfrutam dessa abundância de vida que pode ser causado pelos seguintes fatores:
1. Auto-comprenção: Compreender a sí mesmo é o primeiro passo para a cura. Muitos dos problemas existentes são auto-imposto, sem que o aconselhado reconheça que suas persepções são meramente preconceituosas e seu comportamento prejudicial a ele mesmo. Quando alguém se queixa de que ninguém “gosta de mim”, não persebe que sua reclamação é uma das razões de ser rejeitado por outros.
2. Comunicação: Grande parte dos problemas matrimoniais é em decorrência da falta de comunição. Do mesmo modo, nos relacionamentos interpessoais. A aconselhado precisa aprender a comunicar seus sentimentos, pensamentos e atitudes de modo correto.
3. Aprendizado e Modificação de Comportamento: Todo nosso comportamento é aprendido, portanto, o aconselhamento deve ajudar o aconselhado a desaprender o comportamento negativo e aprender outros meios eficientes de agir, por meio da instrução, imitação, da experiência e do erro.
Qualificações do Conselheiro.
Cordialidade: Este termo implica em cuidado, respeito e preocupação para com o aconselhado, sem levar em conta seus atos e atitudes. Jesus demosntrou isso com a mulher “samaritana”.
Sincero: Não deve ser uma pessoa “ipócrita”, que diz uma coisa e pensa outra, desonesto para consigo mesmo, somente para agradar.
Empatia: Mostrar-se sensível aos valores, conflitos, mágoas, do aconselhado, ou seja, sentir com o aconselhado como se estivesse em seu lugar.
Técnicas de Aconselhamento.
1. Atenção.
A. Olhando nos olhos do aconselhado, sem arregalá-lo como meio de transmitir interesse.
B. Postura: Gestos naturais que não provoque distração, assuntos outros que não estão relacionados ao problema, demonstração de inquietação ou fadiga, expressões faciais etc.
2. Ouvir.
A. Evitar expressões verbais ou não, com relação ao conteúdo da hiostória do aconselhado, mesmo quando esta o ofenda.
B. Aguardar pacientemente durante o periodo de silêncio ou lágrimas, enquanto o aconselhado recompoe suas idéias.
C. Ouvir não apenas aquilo que o aconselhado diz, mas também aquilo que ele gostaria de dizer, mas não sabe se explicar.
D. Usar os dois olhos e ouvidos para captar as mensagens transmitidas pelo tom de voz, postura e outras pistas não verbais.
E. Controlar os sentimentos em relação ao aconselhado que possam interferir com uma atitude de aceitação, simpatia e julgamento antecipado.
3. Responder
Orientar os pensamentos do aconselhado perguntando: Você poderia dar mais detalhes, o que você quer dizer com..
4. Ensinar.
Como o conselheiro é um educador, deve instruir o aconselhado a medida que ele aprende a enfrentar os problemas da vida.
A Ética do Conselheiro.
1. Como servo de Deus, o conselheiro tem a resposabilidade de viver, agir e aconselhar segundo os princípios bíblicos. Como cidadão e membro da sociedade, o minsitro de Deus, busca obedecer às autoridades por Deus constituidas, contribuindo para o bem comum da sociedade. Quando não existe conflito de valores o trabalho do conselheiro segue tranquilamente, no entanto, os problemas éticos surgem quando há conflito de valores e decisões a serem tomadas; muitas destas decisões, as vêzes, envolvem confissões confidenciais, como por exemplo, alguém confessa que pretende prejudicar alguém, ou que infrigiu gravemente a lei, a filha de um lider da igreja esta grávida e confessa que pretende abortar. O que fazer diante desses fatos?
2. O conselheiro tem a obrigação de manter em segredo as informações confidenciais, a não ser quando haja risco para o bem-estar do aconselhado ou de terceiros, em tais ocasiões o aconselhado deve ser intruido no sentido de transmitir a informação diretamente às pessoas envolvidas (polícia, patrão, pais etc.) De modo geral, as informações não devem ser divulgadas pelo conselheiro sem consentimento do pasciente.
Conclusão
A tarefa do ministro no âmbito do aconselhamento, é muito complexa devido ao fato de ele também ser um ser humano e ser afetado pelos problemas da vida. Assim, faz-se necessário, que ele esteja bem familiarizado com as necessidades humanas e os fardos que pesam sobre seu rebanho para que por meio de seu ministério traga “liberdade aos cativos”.
Ministro de Louvor_ EV. Marcio Roberto
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