Estudo mostra que religião não muda a violência
Um novo estudo publicado recentemente nos Estados Unidos garante que
os programas religiosos para prisioneiros podem não ser tão benéficos
quanto se imagina.
Segundo os dados divulgados, criminosos que cometeram atos grave
muitas vezes se “amparam” em uma doutrina religiosa para justificar seus
crimes.
Ou seja, depois de algum tempo eles começam a racionalizar seu
comportamento criminoso usando mensagens religiosas para seu
comportamento seja por uma “distorção proposital ou ignorância genuína”"
Isso não elimina o valor do trabalho religioso no sistema prisional,
apenas chama a atenção para a seriedade do assunto e forçar uma revisão
como esse tipo de apoio será oferecido no futuro.
O líder do estudo, Volkan Topalli, professor de justiça criminal na
Georgia State University, afirmou que os presos entrevistados foram
capazes de racionalizar e até justificar seu comportamento criminoso,
utilizando as doutrinas religiosas aprendidas.
“As pessoas precisam entender que a simples apresentação de uma
doutrina religiosa não é suficiente para mudar o comportamento humano… A
religião tem de ser um meio, e não o objetivo final.”, explica Topalli.
Ele e seus colegas publicaram os resultados na edição deste mês da
revista científica Criminology. Seu artigo leva o título de “Com Deus
do meu lado: a relação paradoxal entre crenças religiosas e
criminalidade entre criminosos perigosos”.
Durante o estudo foram entrevistadas dezenas de prisioneiros que
cumprem pena por crimes graves e violentos, incluindo assaltos, tráfico
de drogas, sequestros e homicídios.
Quase todos eles diziam crer em Deus. No entanto, a maioria tinha uma
compreensão apenas parcial do que sua confissão de fé ensina. Por
exemplo, um prisioneiro de 33 anos, identificado pelo apelido de
“Triggerman”, se recusou a aceitar a ideia que um assassinato pode
condenar alguém a uma punição pós-morte. “Não, não acredito nisso. Tudo
pode ser perdoado. Nós vivemos no inferno agora e você pode fazer
qualquer coisa no inferno. Deus sempre vai perdoar a todos, mesmo se não
acreditam nEle”, declarou.
O estudo conclui que os criminosos, muitas vezes, fazem de tudo para
conciliar seu comportamento criminoso com sua crença em Deus ou uma
divindade, sem que isso tenha qualquer efeito concreto em suas vidas. O
mero ensino doutrinário, sem que se aborde questões morais e
comportamentais não tem efeito duradouro. Com informações Examiner e Cristianos.
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