Jornal acusa evangélicos de financiar violento movimento antigay
O jornal New York Times dedicou um grande espaço esta semana para
apontar como dinheiro levantado por evangélicos nos Estados Unidos
estaria impulsionando um violento movimento antigay em Uganda.
O vídeo
“Evangelho da Intolerância” foi produzido pelo cineasta Roger Ross
Williams e agora ganhou legendas em várias línguas, incluindo o
português.
O pastor e ativista Kapya Kaoma explica no minidocumentário que a
maioria dos missionários que trabalham em Uganda fazem um bom trabalho
“alimentando os famintos e fornecendo abrigo para órfãos”. O problema
estaria, segundo ele, quando “o dinheiro vai para alimentar uma
ideologia perigosa e violenta, que ensina que os gays, lésbicas,
transgêneros e bissexuais não têm um lugar no reino de Deus e são uma
ameaça para a sociedade.”
Kaoma disse ainda que foi forçado a fugir de seu país por ter apoiado
os direitos LGBT. O debate no país africano vem ocorrendo desde que um
jornal publicou uma lista de supostos homossexuais em 2010. Vários
ugandenses sofreram ameaças e o assunto tomou proporções nacionais e
internacionais.
Tem sido muito debatida a influência de americanos na igreja de
Uganda, que teria estimulado a criação de leis que poderiam, inclusive,
fazer com que homossexuais fossem condenados à morte. Os pastores negam
que a intenção fosse essa, mas o assunto é extremamente delicado na
cultura africana.
Uganda tem enfrentado críticas internacionais e, como resposta, o
governo proibiu 38 organizações não-governamentais de atuar no país,
acusando-as de “promover a homossexualidade”.
Mesmo assim, o grupo gay Minorias Sexuais de Uganda (MSU) e o Centro de Direitos Constitucionais (CDC), conseguiram abrir um processo contra o pastor Scott Lively por “Crimes contra a Humanidade”.
GOSPEL PRIME/BLOG MROBERTO
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