Reflexão: O Discípulo e a Tentação, como vencê-la?
Mas, afinal de conta, o
que é Tentação? São pensamentos que invadem a mente humana e
tentam seduzi-la para pratica do mal, que contraria a vontade de Deus. É,
portanto, de procedência maligna. Ela não se constitui em pecado, se não
for consumada. Às vezes, surge como algo vantajoso, ou seja, uma oportunidade
que não pode ser desperdiçada. Neste momento, você deve examiná-la e constatar,
que se ceder àquela vontade, será o único prejudicado.
Por isso, Jesus recomendou: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação, na verdade o Espirito
está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.42). O próprio Filho de Deus foi o
mais tentado de todos os homens, mas venceu a todas, porque sempre viveu em
jejum e oração (Mt cap. 4).
Confira os agentes da
Tentação
Agentes da tentação são
os meios pelos quais o cristão é seduzido para pecar contra Deus. Eles atuam como uma força ativa que
tentam afastar o homem de Deus, pela prática do pecado. Por seu intermédio, os
crentes aprendem a ser pacientes, caso não permitam que estes poderes os
dominem. Mas Jesus nos garante a vitória, porque ele sempre foi vencedor e nos
afirmou: “Tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33). Os principais agentes são:
1-
O Diabo. Lúcifer era o ser celestial de maior
projeção entre os anjos, criados por Deus. Desejoso de tornar-se igual ao seu
criador formou um exército angelical e marchou contra o Todo Poderoso.
Derrotado, foi destituído de sua glória, e de anjo de luz, o significado de seu
antigo nome transformou-se em príncipe das trevas, e foi expulso da presença de
seu Senhor. Indignado, assumiu o posto de maior inimigo de Deus, e passou a ser
chamado Satanás, que significa adversário. Consumido pela inveja, o
Diabo arquitetou um plano para derrubar o homem, o ser criado à imagem e
semelhança de Deus. Usou a serpente, um dos animais que habitavam no Jardim do
Éden e, através da tentação, conduziu Adão e Eva e seus descendentes, à condenação
eterna. O Diabo atua sorrateiramente, de maneira que nem percebemos ser ele o
mentor de muitas tentações com as quais deparamos no nosso dia a dia.
2-
O Mundo. O apóstolo João, escreveu o
seguinte: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo
5.19). A expressão final deste versículo diz: “que todo o mundo está no maligno”.
Isto significa que Satanás, ao ser expulso do Céu, estabeleceu a sua morada nos
ares, de onde comanda as ações dos demônios entre os homens. Então, a
fertilidade da mente humana, irrigada pela maldade satânica, tem criado meios,
que chamamos de mundanismo, os quais
conduzem a humanidade à perdição. Com a queda do homem, através da tentação no
Éden, à natureza humana ficou sujeita ao pecado. Por si só, o ser humano não é
capaz de vencer as muitas tentações que o atacam no decorrer de sua vida
terrena, à semelhança de um vírus que se prolifera rapidamente, quando encontra
o local apropriado. A tendência para o pecado está impregnada em todo o seu
ser. Só mediante o sepultamento do velho homem, conseguimos restabelecer a
natureza decaída, através do novo nascimento. Assim, as forças que o dominam
são destruídas e o homem passa viver em novidade de vida.
3-
A carne. A sensualidade manifesta-se através
da carne. Ela declara guerra ao espirito que deseja agradar a Deus. E sempre é
vencedora, só conseguimos vencê-la através da mortificação alcançada por
intermédio da oração, consagração e jejum. Leia Tiago 1.14-15 e Gálatas
5.16-24.
Como a tentação se
manifesta?
1- Através do corpo. O homem possui necessidades básicas e, por intermédio dos instintos de
sobrevivência, ele procura satisfazê-las. Até aí, tudo bem: não há nada de
anormal nisso! No entanto, o corpo se torna um dos principais veículos para a
consumação da tentação, por causa do desejo desenfreado que domina em
consequência do pecado. Agora, o seu corpo é santo e o que você faz por
intermédio dele, contribui para a sua santificação: o sexo no casamento, a
alimentação, a água, o nosso trabalho, etc... É de grande valia para a sua
existência. Tem, portanto, a aprovação divina. Não faça como o filho mais velho
de Jacó, que por causa da fome, rejeitou o seu direito de primogenitura e a
trocou por um prato de lentilha. Veja Gênesis 25.32-34.
2- Da alma. Sabemos
que a alma se manifesta com o mundo exterior através dos sentidos. Ela também
precisa ser lavada pela Palavra de Deus, para alcançar a autêntica purificação.
Por isso, o apóstolo Paulo, ao escrever a segunda carta aos coríntios,
demonstrou sua preocupação: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva
com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos
sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” 2 co 11.3.
3- Do espirito. O
espirito e alma são inseparáveis e constituem o homem interior. Se este ser não
é convertido, os dois elementos, que os compõem, contribuem para a consumação
do pecado, através do corpo. Por isso, é necessária a atuação do Espirito Santo
na limpeza do coração humano, conforme podemos ler em Tito 3.5. “Não pelas
obras da justiça que houvéssemos feito, mais segundo a sua misericórdia, nos
salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espirito Santo”.
E como podemos
vencê-las?
1- Resistindo. Sabemos
que o Diabo é o mentor da primeira tentação, no Jardim do Éden, ocasião em que
os nossos primeiros pais acreditaram nas palavras dele e foram destituídos da
Glória de Deus. Hoje, com a ajuda do Espirito Santo e o revestimento de poder,
temos de resistir às astutas ciladas de satanás que investe contra nós para nos
derrubar. Tiago, no capítulo 4, versículo 7, declara: “sujeitai-vos pois a
Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Somente mediante esta sujeição à
vontade do Senhor é que conseguimos vencer o inimigo no seu intento de nos
destruir. E esta vitória é alcançada através da oração, da leitura da Bíblia e
da estreita comunhão com o nosso Criador.
2- Fugindo. Há um
ditado popular que declara: “Mente vazia é instrumento do diabo”. Estejamos
sempre ocupados na realização de alguma coisa boa, para que o diabo não se
aproveite da situação e nos induza à tentação. Não é covardia de nossa parte
fugir da oportunidade de pecarmos.
3- Reavaliando-se. A cada dia que se passa em nossa vida devemos fazer uma introspecção para
constatarmos qual o grau do nosso crescimento espiritual. Se algo nos impede de
sermos mais santos hoje do que fomos ontem, é o momento propício de mudarmos de
atitude, afim de que a nossa santificação seja uma constante até o fim de nossa
jornada aqui na terra. A Bíblia nos recomenda em Ap 22.11; “Quem é santo, seja santificado
ainda”. “Não nos esqueçamos de que o sangue de Jesus nos purifica de todo o
pecado”. Se, porventura, à tentação conseguir vencê-lo, não se desespere,
confesse sua falta ao nosso Senhor e peça perdão e amadureça, para que possa
suplantá-la na próxima vez que ela se apresentar.
Marcio Roberto do blog
Category: Reflexões
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