Reflexão: Pecado, o que é e como a Bíblia descreve este mal?
A Bíblia emprega vários vocábulos no antigo e novo testamento
para se definir o pecado, veja e procure com zelo seguir a verdade que conduz a vida eterna, pois fazendo isto terás um lugar na glória com Deus.
Palavras que descrevem
o pecado, no hebraico (hb) e no grego (gr).
a) Chata’th (hb) e hamartia (gr). Estes termos dão o sentido de “desvio de
rumo”, como o arqueiro que atira suas flechas e erra o alvo.
b) Avon(hb) e adikia(gr), aqui o sentido indica “falta de integridade”;
alguém que se desvia do seu caminho original.
c) Pesha (hb) e parabasis (gr), o pecado é visto como uma revolta; uma
insubordinação à autoridade legítima de Deus, ou rompimento de um pacto ou
aliança.
d) Resha(hb) e Paraptoma(gr), significam fuga culposa da lei. Todas essas
palavras falam do pecado com sentido ético, pois, envolvem relações sociais e
espirituais.
Expressões bíblicas que
descrevem o pecado.
a) “Toda iniquidade é pecado” ( 1 Jo 5.17). Deus não classifica tipos de
pecados ou tamanho de pecados como fazem os sistemas sociais. Para o Altíssimo
todo pecado constitui-se numa afronta à sua santidade.
b) “Todo pecado é transgressão da lei” (1 Jo 3.4). Transgredir significa
infringir, violar, quebrar a lei, passar dos limites. Todo e qualquer
mandamento divino deve ser obedecido, pois, desobedecê-lo significa
transgredi-lo.
c) “Tudo que não é de fé é pecado” (Rm 14.23). Duvidar da palavra de Deus
constitui-se pecado, assim como, rejeitar o Salvador e negar suas promessas.
Jesus disse: “Do pecado, porque não crê
em mim” (Jo 16.9).
A culpa e o Juízo do Pecado “ A pecaminosidade de toda raça
humana”
A Bíblia faz várias declarações a respeito da universidade do
pecado. Vejamos alguns exemplos do antigo testamento; “Não há homem que não
peque” (1 Rs 8.46); porque à tua vista não há justo nenhum vivente (Sl 143.20;
quem pode dizer: purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?
“No novo testamento, este ensino é bastante enfatizado pelos
apóstolos: “não há um justo, nenhum sequer; não há quem faça o bem, nenhum
sequer” (Rm 3.10-12); “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm
3.23); “ se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos,
e a verdade não está em nós” ( 1 Jo 1.8).
Imputação: imputar o pecado significa “atribuir a alguém
alguma falta ou transgressão, ou seja, creditar na conta de alguém”. A Bíblia
diz que o pecado de Adão foi imputado a seus descendentes. Por isso, as
escrituras encerram todos debaixo do pecado, “todos pecaram” (Rm 5.12-21).
Logo após Adão e Eva terem pecado, a Bíblia diz que seus
olhos foram abertos, ou seja, tiveram consciência de suas culpas: “então foram
abertos seus olhos e ambos conheceram que estavam nus” (Gn 3.7). A culpa é a
convicção na consciência, pela violação voluntaria da lei. O transgressor é
conscientizado pela consciência ou pela lei, que seu ato exige expiação. A
serpente disse a Eva que, se ela e seu marido comessem o fruto proibido, “seus
olhos se abririam, e seriam como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.5). Porém,
ao invés de sentirem-se com Deus, experimentaram um tremendo sentimento de
culpa. Perderam a comunhão com Deus e , logo a seguir, iniciou-se o terrível conflito
entre a carne e o espírito (Rm 7.14-24).
O juízo contra o pecado: Trata-se da penalidade ou punição do
pecado. A punição do pecado é inevitável (Êx 20.5). Ele representa um débito do
pecador para com Deus que deve ser irremediavelmente quitado. O preço
estipulado para o pagamento desta dívida é muito alto. “ o salário do pecado é
a morte” (Rm 6.23). Levando em conta o que a Bíblia diz sobre a justiça e
santidade de Deus, o pecado deverá ser punido com rigor. A lei exige a punição
do pecado e do pecador. “A cada um retribuis do segundo as suas obras” (Sl
62.12). A penalidade do pecado visa a vindicação da justiça divina, isto é,
Deus requer juízo contra o pecado.
O nosso conhecimento sobre o pecado ajuda-nos entender as
demais doutrinas bíblicas. A compreensão da natureza do pecado renova nossa
sensibilidade espiritual; gera santidade na vida do crente, levando-o a crer
que a vida deve ser vivida na esperança certa de um futuro além do pecado e da
morte.
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