Divórcio e Arrependimento: Podem adúlteros batizados manter suas esposas?
Blog mroberto. Há muitos que pensam que o
batismo permite às pessoas permanecerem nos segundos casamentos ilegais. Mesmo
Jesus tendo dito que o novo casamento de uma pessoa divorciada é adultério, eles
concluem que o batismo dá permissão para o novo casamento continuar.
Eles
alegam que exigir dos divorciados e casados que se separem é negar a vontade de
Deus de perdoar o adultério. Para justificar esta posição, passagens como 2
Coríntios 5:17 são usadas: "Assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."
O propósito deste artigo é
apresentar a evidência bíblica, provando que o perdão dos pecados no batismo
não autoriza a continuação de um casamento adúltero.
Quatro princípios bíblicos
Relação de casamento com um segundo esposo é adultério.
"Quem repudiar sua
mulher e casar com outra, comete adultério contra aquela. E se ela repudiar seu
marido e casar com outro, comete adultério" (Marcos 10:11-12).
Note: "quem". Divórcio
e novo casamento é adultério para quem quer que seja. Só uma exceção é
encontrada (Mateus 19:9). O adultério continua enquanto o primeiro companheiro
viver.
"Ora, a mulher
casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo
morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada
adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer
o marido, estará livre da lei, e não será considerada adúltera, se contrair
novas núpcias"
(Romanos 7:2-3).
O arrependimento é necessário para o perdão.
O arrependimento é exigido de
todos (Atos 17:30). O arrependimento é uma exigência para receber o batismo
(Atos 2:38). Qualquer um que não se arrepender perecerá (Lucas 13:3, 5).
O arrependimento exige que o pecador termine qualquer
relacionamento sexual pecaminoso.
A raiz da idéia é a mudança.
No Velho Testamento, os homens eram chamados a arrependerem-se e desviarem-se
de todas as transgressões (Ezequiel 18:30). No Novo Testamento, o
arrependimento tinha que produzir frutos e realizar certas obras dignas de
arrependimento (Mateus 3:8; Atos 26:20). Aqueles que se arrependeram deixaram
seus pecados (Atos 19:18-20). Aqueles que continuaram no pecado, por escolha,
estavam se recusando a se arrependerem (Apocalipse 9:20-21). Paulo achou
surpreendente que alguém pudesse imaginar que poderia continuar sendo injusto
e, ainda assim, ir para o céu.
"Ou não sabeis que
os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem
idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem
avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores, herdarão o reino de
Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados,
mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do
nosso Deus"
(1 Coríntios 6:9-11).
Esta é uma passagem
significativa. Esses adúlteros tinham sido lavados de seu pecado. Continuaram
eles suas uniões adúlteras? Não! Paulo diz, "tais fostes alguns de
vós." A ênfase se faz sobre o tempo: "vós fostes" Suma
coisa do passado. Alguns desses tinham sido homossexuais. Outros, adúlteros.
Mas, para serem perdoados, eles terminaram suas relações homossexuais e
adúlteras. A questão não é se acreditamos que adultério ou homossexualidade
pode ser perdoada, mas quais são as condições do perdão. Para ser perdoado de
adultério ou homossexualidade tem que se arrepender e para se
arrepender, tem que terminar a relação sexual pecaminosa.
Há exemplos bíblicos onde
Deus exigiu de pessoas em casamentos pecaminosos que se separassem. Nos dias de
Esdras, homens se arrependendo de casamentos pecaminosos mandaram embora suas
esposas ilegais (Esdras 9-10). Nos dias de João, para Herodes se arrepender ele
teria que deixar Herodias (Marcos 6:18). Hoje, qualquer um, arrependendo-se de
um casamento pecaminoso, tem que terminar esse casamento. O que faz um
casamento pecaminoso mudou desde os dias de Esdras; mas o que tem que ser feito
quando se está num casamento pecaminoso não mudou. A exigência de Deus para o
arrependimento não foi facilitada (Atos 17:30-31).
Uma pessoa perdoada não tem direito a continuar no pecado.
"Permaneceremos no
pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum" (Romanos 6:1-2).
O perdão lava os pecados
passados mas não dá licença para pecar no futuro. Veja 1 João 3.
Portanto, um casamento
adúltero tem que ser terminado para ser perdoado e não pode continuar depois do
perdão.
Objeção considerada
Há quem pense que um segundo
casamento ilegal não é mais adultério depois que se é batizado. Eles raciocinam
que, quando se é batizado, todos os relacionamentos passados e obrigações são
dissolvidos. Num sentido, pensa-se que o batismo lava todas as recordações do
casamento anterior e do divórcio. Portanto, sendo-se casado com um segundo par
seria, depois do batismo, contado como primeiro casamento.
Contudo, o perdão não muda o
pecado. Se um ato é pecaminoso antes do batismo, continua pecaminoso após o
batismo. Se tomar algo que não nos pertence é roubo, antes do batismo, o mesmo
ato é roubo depois do batismo. Se deitar-se com um homem é homossexualismo.
antes do batismo, continua sendo homossexualismo depois do batismo. Se o sexo
com uma segunda esposa é adultério antes do batismo, é adultério depois do
batismo. O batismo não muda a definição de pecado.
Certamente, quem é batizado
corretamente é perdoado por seus pecados, mas é ele libertado de compromissos
anteriores? Considere esta comparação: um homem gera um filho, depois o
abandona. Então, quando ele se torna um cristão, recebendo o perdão pelo pecado
do abandono do filho, também se desmancha o relacionamento do pai com o filho?
Deixa ele de ter o laço de obrigação para com seu filho? Pode ele dizer
"Eu não tenho que sustentar este filho no futuro porque eu fui perdoado do
pecado de abandoná-lo no passado?" Agora, e se um homem é ligado por Deus
a uma esposa? Então, ele a deixa e casa com a outra. Quando ele é perdoado, seu
laço de obrigação para com sua esposa é desfeito? (Romanos 7). Antes
dele ser perdoado ele estava ligado à primeira esposa e ter relação sexual com
a segunda era errado. Depois do perdão ele ainda está ligado à primeira mulher
e as relações com a segunda são erradas. Não devemos confundir perdão das ações
pecaminosas do passado com a dissolução dos relacionamentos e o fim das
obrigações.
O perdão no batismo não dissolve
o laço de casamento daqueles que vivem juntos. Eis porque tais pessoas não
precisam renovar seus votos para continuarem esposo e esposa depois do batismo.
Do mesmo modo, o perdão no batismo não desfaz o laço de casamento entre aqueles
que vivem separados (Romanos 7:1-3). Eis porque tais pessoas ligadas e
separadas estão cometendo adultério quando vivem em um segundo casamento, tanto
antes quanto depois do batismo.
Conclusão
Há um par de outros problemas
com o ponto de vista segundo o qual o batismo santifica os casamentos
adúlteros. Primeiro, e se um esposo é batizado e o outro não? Está agora um
esposo vivendo em adultério, enquanto o outro esposo tem um casamento aprovado
por Deus? Segundo, porque o perdão pelo sangue de Cristo não produz o mesmo
efeito para o cristão que ora como para o não cristão que é batizado? Se o
perdão santifica os casamentos adúlteros e torna a separação desnecessária,
porque não faria o mesmo para qualquer indivíduo perdoado, sem levar em conta
se seu pecado inicial foi cometido antes ou depois do batismo?
Jesus disse que divórcio e
novo casamento é adultério (Marcos 10). Jesus fez do arrependimento uma
condição para o perdão (Lucas 13:3,5). As escrituras unanimemente ensinam que
aqueles que cometem adultério não irão para o céu (1 Coríntios 6:9-10). Eu não
tenho o direito de mudar a Palavra de Cristo.
- por Gary Fisher
Category: Família
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