Noticia: Pastor troca grupo de louvor por DJ em culto
Primeiramente eram somente as vozes e palmas, depois surgiram os
instrumentos para acompanhamento. Durante séculos eram o gigantescos
órgãos de tubo, que foi substituído pelo piano de cauda, que perdeu
espaço para teclado, guitarra e bateria, que agora vê surgir o DJ no
louvor.
DJ? Sim, se depender do pastor da Igreja Batista em
Clarendon, na capital dos EUA Washington. Ele convidou para comandar o
período de adoração o Disc Jokey Hans Daniel, ou Hans Solo, como era
conhecido quando tocava nos clubes de Atlanta.
O culto de domingo
(11) foi o primeiro do tipo na Igreja de 104 anos, que ainda mantém os
vitrais coloridos e os bancos de madeira típico dos templos mais
antigos. Nada além de um notebook, uma cantora para “puxar” o louvor e
as palmas e um homem apertando botões freneticamente.
Contando com
apenas 125 membros, a igreja se viu perdendo membros ano após ano e
decidiu investir em algo que possa atrair os mais jovens. O pastor
Stephen Taylor foi quem teve a ideia de promover o que ele chama de
“Remix da igreja”. Algo que, no primeiro momento, agradou a muitos, mas
não ficou isento de críticas.
Para o DJ Daniels, trata-se de uma
evolução natural, uma vez que os jovens americanos não escutam mais rock
em casa, hoje o predomínio é da música eletrônica. Algumas igrejas já
têm usado músicas no estilo hip-hop, que também tem um apelo mais
popular. Porém, abdicar do grupo de louvor que tradicionalmente ocupava o
espaço antes da pregação é um salto e tanto.
O local atrás do
púlpito, onde ficava o coral, anos atrás, agora está vazio. O DJ toca
sua seleção musical, enquanto as letras dos cânticos é projetada numa
tela. Muitos batem palmas, outros olham desconfiados.
Durante o
sermão do dia, o pastor Taylor lembra que o cristianismo é na essência
um rompimento, Jesus rompeu com a tradição do culto judaico no templo,
com seus sacrifícios e ofereceu algo novo. Questionado do que achou da
experiência, o DJ Daniels disse apenas: ”Quando as pessoas estão
cantando na igreja, muitas vezes não estão nem olhando para a tela, seus
olhos estão fechados, elas só querem se conectar com Deus”.
Jackie
Doll, 81 anos, é membro da igreja há mais de meio século. Diz estar
acostumada com as mudanças lá, mas tem medo que esse tipo de coisa faça
os fieis sentirem-se em um show de música.
Por outro lado, Sean
Hipe, 23 anos, comemora. “Foi incrível”, para ele foi algo que o
despertou, evitando que o clima fosse de tédio. Com informações Washington Post, Gospel Prme e blog mroberto
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